Tripés e Guinchos motorizados

Estamos vendo uma interessante colisão de técnicas:

  • Tripés triangulares padrão de pirâmide usados para resgate em espaço confinado,
  • Tripés assimétricos utilizadas para acesso e salvamento técnico com cordas,
  • Guinchos motorizados.

WinchOnFrame

Os operadores de espaço confinado têm usado há bastante tempo tripés simétricos com guinchos manuais montados na sua armação. Estes são normalmente configurados em cima de um buraco e têm um guincho operado manualmente montado em uma das pernas. Estes tripés têm os seus pés livres e não necessitam de ancoragem.

Os operadores técnicos de salvamento e de acesso por corda usam regularmente multi-pés assimétricos para uso em muitas configurações possíveis para gerenciar a fricção da corda em uma borda. Cada configuração tem diferentes requisitos de ancoragem e estes são em grande parte determinados por uma avaliação cuidadosa das forças que atuam em cada parte do sistema. Estes sistemas foram tradicionalmente operados sem guinchos.

Existe agora uma gama de guinchos adequados para utilização em operações técnicas de salvamento e estes guinchos podem ser montados em vários locais possíveis, incluindo o seguinte:

  • Diretamente ligado e controlado pelo operador.
  • Posicionado na ancoragem do sistema e assim tomando o lugar de uma tradicional equipe de elevação.
  • Montado diretamente em uma perna do multi-pés.

A última dessas opções é motivo de preocupação. Os operadores agora têm uma compreensão razoável das forças de tensão e compressão nestes sistemas baseados em multi-pés. No entanto, muitas vezes se resume a dividir o ângulo entre a linha operacional sobre a borda e a linha que corre de volta para a equipe de elevação para determinar a força “resultante” na armação. Contanto que esta resultante esteja dentro da área do multi-pés, o sistema é estável.

Poucos operadores percebem o quanto isso muda se um guincho é montado na armação para substituir a equipe de elevação. O guincho agora se torna uma parte do quadro e, portanto, não faz diferença se ele foi montado no ponto mais baixo do pé ou sobre o cabeçote. A importância disso é que as únicas forças externas que atuam sobre a estrutura são a linha operacional para baixo e a pressão de contato ascendente dos pés.

Os trabalhadores em espaço confinado sabem e querem isto, porque o tripé estabelece-se sempre sobre o buraco. Operadores de acesso por corda e operadores de salvamento técnico, por outro lado, raramente têm a linha operacional dentro da área entre os pés do tripé.

Qualquer profissional de acesso por corda e/ou operadores de salvamento considerando o uso de guinchos montados na moldura do tripés deve estar ciente desta mudança fundamental na sua avaliação das forças resultantes.

Regra simples: Se o guincho é montado no quadro, a resultante é a linha operacional. Se esta linha está fora da área entre os pés, então a moldura precisa ser ancorada para contornar esta força de inclinação potencial.

© Richard Delaney, RopeLab, 2014.  The original article can be found here.

Traduzido por Eduardo José Slomp Aguiar, 2017.

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